Oração - Pai Nosso

Pai Nosso, que estais no Céu. Santificado seja o Vosso Nome. Venha a nós o Vosso Reino. Seja feita a Vossa Vontade, Assim na Terra como no Céu. O Pão-Nosso de cada dia nos daí hoje. Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do Mal. Amém

Notícias

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Música Infantil para aprender inglês



Inglês na Educação Infantil

Aprendendo inglês 






Projeto para Educação Infantil

  PROJETO: SÍTIO DO SEU LOBATO


Justificativa:

Diante do grande interesse das crianças pela música: O Sítio do Seu Lobato e pelos animais decidimos explorar o tema pautando-se em animais domésticos e animais da fazenda.

Objetivo Geral:

ü  Desenvolver o tema “Animais”, com base na música Sitia do Seu Lobato.

Objetivos Específicos:

ü  Conhecer diversas espécies de animais e suas características principais, tais como: gênero (macho e fêmea), habitat (Zona Rural), cobertura do corpo (penas, pelos), sua utilidade, etc;
ü  Explorar o ambiente da Zona Rural enfocando as principais características (plantações, criação de animais, transportes utilizados, etc) promovendo o respeito pelo trabalho rural e também pela cultura.
ü  Desenvolver oralidade em roda de conversa e conversa informal.
ü  Socializar-se por meio de brincadeiras.
ü  Despertar o  encanto pelas contações de histórias.
ü  Ampliar vocabulário e falar com clareza.
ü  Distinguir animais domésticos e animais selvagens.

Atividades:
ü  Contação de histórias enfocando o tema (livros, fantoches, etc);
ü  Desenhos e representações;
ü   Músicas e canções;
ü  Recorte, colagem e dobradura de papeis diversos;
ü  Pintura guache, giz, lápis de cor, etc;
ü  Roda de conversas;
ü  Exibições de vídeos; 
ü  Passeios pela comunidade;
ü  Exploração de figuras;
ü  Massa de modelar; 
ü  Construção com sucata;
ü  Jogos, brincadeiras e recreação; 
ü  Culinária;
ü  Imitações de animais;
ü  Brincadeiras.

Conteúdos:

ü  Cores;
ü  coordenação motora ampla;
ü  animais; 
ü  zona rural;
ü  gênero (macho e fêmea);
ü  noção de quantidade;
ü  noção espacial;
ü  formas geométricas;
ü  artes;
ü  oralidade;
ü  musicalização;
ü  percepções visuais; auditivas e táteis.

Avaliação:

ü  A avaliação será contínua, através da observação do interesse, participação e realização das atividades pelos alunos.
                 Vídeos relacionados.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Narradores de Javé

A Prática Educativa



Resumo: A Prática Educativa - Como ensinar. ZABALA, Antoni (2002)




Confira aqui o resumo do livro "A Prática Educativa - Como ensinar" de Antoni Zabala, obra essencial para a formação do professor e presente em provas de concursos.





O argumento deste livro consiste em uma atuação profissional baseada no pensamento prático, mas com capacidade reflexiva e que necessitamos de meios teóricos para que a análise da prática seja verdadeiramente reflexiva.

Parâmetros institucionais e organizados;
Tradições metodológicas, possibilidades reais dos professores;
Meios e condições físicas existentes.

Num modelo em que a aula se configura como um microssistema definido por determinados espaços, uma organização social, certas relações interativas, forma de distribuir o tempo e um determinado uso de recursos didáticos, numa interação entre todos os elementos.
Ao momento em que se produzem os processos educacionais, ela tem um antes e um depois: o planejamento e a avaliação dos processos educacionais.
Dentro de um modelo de percepção da realidade da aula, onde estão estreitamente vinculados o planejamento, a aplicação e a avaliação, teremos que delimitar a unidade de análise que representa este processo, ou seja, a atividade ou tarefa. Por exemplo: uma exposição, um debate, uma leitura, uma pesquisa bibliográfica.

-     Atividades ou tarefas → unidade básica do processo de ensino/aprendizagem, cujas diversas variáveis apresentam estabilidade e diferenciação: relações interativas professor-aluno, e alunos, alunos; uma organização grupal, determinados conteúdos de aprendizagem, certos recursos didáticos, distribuição de tempo e de espaço, um critério avaliador.


-     Atividades ou tarefas são insuficientes para proporcionar uma análise dos diferentes estilos pedagógicos, é preciso ampliar esta unidade elementar e identificar como nova unidade de análise, as seqüências de atividades ou seqüências didáticas, que permitem a avaliação sob uma perspectiva processual, incluindo as fases de planejamento, aplicação e avaliação.

-     Desde o modelo aula magistral ( com a seqüência: apontamentos ou manual, prova, qualificação) até o método de projetos (escolha do tema, planejamento, pesquisa...) têm como elementos indicador as atividades, que só adquirem personalidade diferencial conforme sua organização em seqüências ordenadas.

- As variações Metodológicas da Intervenção na aula

1 – Seqüências de atividades – maneiras de encadear e articular as diferentes atividades ao longo de uma unidade didática.
- Indicam a função que tem cada uma das atividades.

2 – O papel dos professores e alunos ou alunos/alunos → clima de convivência de acordo com as necessidades de aprendizagem.

3 – Organização social da aula – grandes grupos, grupos fixos e variáveis contribuem para o trabalho coletivo e pessoal.

4 – Utilização dos espaços e do tempo – concretizam as diferentes formas de ensinar.
5 – Organização dos conteúdos – provém da própria estrutura formal das disciplinas e formas organizativas globais e integradoras.

6 – Uso dos materiais curriculares – importância que adquirem nas diferentes formas de intervenção (nas exposições, experimentação).

7 – Sentido e papel da avaliação – entendida no seu sentido restrito de controle de resultados, como na concepção global do processo de ensino/aprendizagem.

- A Função Social – finalidade (por que ensinar)

·   São colocadas as intenções educacionais, o que pretendemos que nossos alunos consigam;
·   C. Coll estabelece um agrupamento de capacidade: cognitivas, motoras, autonomia pessoal (afetiva), de relação interpessoal e de inserção e atuação social.

     - Os conteúdos – explicam as intenções educativas ( o que ensinar)

Tudo que se tem que aprender para alcançar determinados objetivos:
Devemos falar de conteúdos de natureza variada: dados, habilidades técnicas, atitudes, conceitos, etc.
Coll propõe a classificação dos conteúdos em:

a)      conceituais – englobam: fatos, conceitos, princípios (“O que se deve saber”);
b)      procedimentos: dizem respeito a técnicas e métodos (“O que se deve saber fazer”);
c)      Atitudinais: abrangem valores, atitudes, normas (“Como se deve ser”).

    - Não é possível ensinar nada sem partir de uma idéia de como as aprendizagem se produzem (conhecer as teorias).
    - As formas de intervenção devem levar em conta a diversidade dos alunos, identificando o desafio de que necessitam, a fim de que se sintam estimulados em seu trabalho.

    - O Construtivismo

Estruturas cognitivas – esquemas de conhecimento.
Esquemas de conhecimentos depende: - nível de desenvolvimento e – conhecimentos prévios.
Papel ativo do aluno e do professor → atividade mental → sucessivos equilíbrio, desequilíbrio e requilibrio.
Zonas de desenvolvimento proximal.
Na perspectiva construtivistas, as atividades de ensino têm que integrar ao máximo os conteúdos e por mais específico que seja, sempre está associado a conteúdos de outra natureza.
Aprendizagem dos conteúdos atuais:- fatos, conhecimentos, situações, dados e fenômenos concretos e singulares, conhecimento estes indispensáveis para compreender informações e problemas.
Ensino baseado em exercícios de repetição mediante organizações significativas ou associações.
Aprendizagem de princípios e conceitos – Termos abstratos

         ○ Ex de princípios:- leis, regras
         ○ Ex de conceitos – densidade, impressionismo
         ○ Implica em compreensão que vai além dos enunciados.
         ○ Característica dos conteúdos conceituais – não estar acabado
         ○ Processo de elaboração pessoal requerem compreensão do significado.
Aprendizagem dos conteúdos procedimentais:- destreza ou habilidades

         ○ É um conjunto de leis ordenadas e com um fim.
         ○ Ex:- ler, desenhar, calcular, traduzir.
         ○ São ações ou conjuntos de ações, que são o ponto de partida.
         ○ Só se aprende fazer, fazendo e pela exposição do professor
         ○ È exercitação múltipla, refletindo sobre a atividade (atuação).
         ○ É preciso aplicá-los em contextos diferenciados.

Aprendizagem de conteúdos atitudinais:- valores, atitudes, normas

         ○ Valores – Idéias éticas (solidariedade, liberdade, respeito)
         ○ Atitudes – Tendências ou predisposições (cooperar, participar, ajudar)
         ○ Normas – padrões ou regras de comportamento (conforme grupo social), análise dos fatores positivos e negativos, envolvimento afetivo e avaliação.

É necessário saber se a seqüência didática programada para desenvolver determinado conteúdo serve para alcançar os objetivos previstos.
Para reconhecer a validade das seqüências didáticas tendo em vista a concepção construtivista e a atenção à diversidade é interessante verificar se as atividades propostas:
         ○ Permitem verificar os conhecimentos prévios;
         ○ Os conteúdos são significativos e funcionais;
         ○ Estão adequados ao nível de desenvolvimento;
         ○ Representam desafios que permitam criar zonas de desenvolvimento proximal;
         ○ Provoquem conflito cognitivo;
         ○ Promovam uma atitude favorável à aprendizagem;
         ○ Estimulam a auto-estima;
         ○ Ajudam a adquirir habilidades para aprender a aprender

AS SEQUÊNCIAS DE CONTEÚDO – OUTRA UNIDADE DE ANÁLISE

Definida como um conjunto ordenado de atividades estruturadas e articuladas para a consecução de um objetivo em relação a um conteúdo concreto.
         ○ Ex:- conteúdo conceitual “componentes da paisagem” – será realizada uma série de atividades de ensino com objetivo de que no final da unidade a aprendizagem desse conteúdo, seja dominada por todos os alunos.

AS RELAÇÕES INTERATIVAS EM SALA DE AULA:- o papel dos professores e alunos

A influência da concepção construtivista na estruturação das interações educativas na aula para facilitar a aprendizagem:-
         ○ Planejar a atuação docente de forma flexível para permitir a adaptação às necessidades dos alunos;
         ○ Contar com as contribuições e conhecimentos dos alunos;
         ○ Ajudá-los a encontrar sentido no que estão fazendo;
         ○ Estabelecer metas ao alcance dos alunos;
         ○ Oferecer ajudas adequadas;
         ○ Promover a atividade mental auto-estruturante;
         ○ Estabelecer ambientes que promovam a auto-estima e o autoconceito;
         ○ Promover canais de comunicação;
         ○ Potencializar a autonomia;
         ○ Avaliar os alunos conforme suas necessidades e seus esforços;
         ○ Incentivar a auto-avaliação;

É imprescindível prever situações que favoreçam diferentes formas de se relacionar e interagir (grupos, equipes fixas e móveis, assembléias, trabalhos de campos, etc.)

PAPEL DOS AGRUPAMENTOS

Cada tipo de agrupamento comporta vantagens e inconvenientes, certas possibilidades e certas potencialidades educativas diferentes.

A Escola como grande grupo

As características da organização grupal estão determinadas pela organização e pela estrutura de gestão: relações interpessoais, papéis, responsabilidades, participações, etc.
Distribuição da escola em grupos/ classificações

         ○ Classes homogêneas e heterogêneas;
         ○ Conveniência dos grupos heterogêneos:- modelos diferentes de pensar e atuar, surgimentos de conflitos cognitivos, a possibilidade de receber ajuda de colegas;
Distribuição da escola em grupos/Classes móveis ou flexíveis:-
         ○ Atender ao diferentes interesses (escolas que trabalham com créditos ou matérias opcionais);
         ○ Atender as diferentes competências;

Organização da Classe em grande grupo

Apropriado – ensino de conteúdos factuais
Limitado – ensino de conteúdos conceituais, porque não permitem inter-relações, poucas oportunidades de conhecer o processo de elaboração mental que cada aluno segue. – Dificuldade de prestar a ajuda que o aluno precisa.
Útil aos conteúdos procedimentos para dar a conhecer a utilidade do procedimento, técnica ou estratégia, mais difícil poder propor atividades de aplicação e exercitação necessárias para cada aluno;
Conteúdos atitudinais podem ser feitos em grandes grupos porque o componente cognitivo destes conteúdos exigem trabalho de compreensão, mas os componentes afetivos e comportamentais dos conteúdos atitudinais exigem atividades que coloquem os alunos em situações problemáticas ou de conflitos. Situações que dificilmente podem se realizar em grande grupo, com exceção da assembléia de alunos. A assembléia é adequada, mas é insuficiente.

Organização da classe em equipes fixas

·   Oferecem oportunidades para trabalhar conteúdos atitudinais;
·   Oferecem oportunidades de debates, de receber, e dar ajuda (solidariedade e cooperação);
·   Aceitação da diversidade;

     Organização da Classe em equipes móveis e flexíveis

Atender as características diferencias dos alunos;
Oportunidade de atenção personalidade do professor ao grupo;
Período de tempo dos agrupamentos é limitado;
Eles poderão ser algumas vezes homogêneos e outras heterogêneos;
São adequados aos conteúdos procedimentais (matemática, artes)
Trabalho individual

É oportuno porque a aprendizagem em última instância é sempre uma apropriação pessoal;
Ele será efetivo, uma vez entendido o conceito, realize atividades e exercícios que permitirão ampliar, detalhar, recordar, e reforça ou que foi aprendido;
É útil para memorização de fatos, para aprofundamentos de conceitos e para maioria dos conteúdos procedimentos em que se deve adaptar o ritmo e a proposição de atividades às características dos alunos.
Os Contratos de Trabalho (Freinet) – consiste em facilitar a tarefa do professor. O aluno faz um acordo com o professor. É imprescindível contar com materiais preparados e que as atividades sejam seqüenciadas e progressivas. (Número de atividades que deveram fazer).

Distribuição do tempo e do espaço

Distribuição tradicional
Os cantos e as pequenas oficinas, bibliotecas, sala ambiente;
Prédios grandes, são radicalmente contrários as propostas educativas pois é impossível promover determinadas atitudes, ou um bom clima afetivo onde não podem se sentir seguros, no anonimato.

A distribuição do tempo não é o menos importante.

Devem variar de acordo com as atividades previstas e necessidades educacionais.

A ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS

Diz respeito a relação e a forma de veicular os diferentes conteúdos conteúdos de aprendizagem que formam as unidades didáticas
Podemos encontrar propostas que rompem com a organização centrada por disciplinas (propostas metodológicas globalizadoras).
Nos métodos globalizados as disciplinas nunca são a finalidade do ensino, elas têm a função de proporcionar os meios ou instrumentos para realização dos objetivos educacionais;
Nos métodos globalizados a organização se realiza a partir da perspectivas de como os alunos aprendem;
         ○ Nascem quando o aluno se transforma em protagonista do ensino.
         ○ Ex;- centros de interesse, projetos, investigações do meio, projetos de trabalho (todos partem de uma situação real).
As disciplinas com organizadoras dos conteúdos.
A fragmentação do saber e a diversificação do saber em múltiplas disciplinas;
Podemos estabelecer três graus de relações disciplinares:-
1-) a multidiciplinaridade – conteúdos apresentados por matérias independentes uma das outra;
2-) a interdisciplinaridade – interação entre dias ou mais disciplinas, integrando os conceitos idéias, metodologia;
3-) a transdicciplinaridade – integração global, dentro de um sistema totalizador.

OS MATERIAIS CURRICULARES E OUTROS RECURSOS DIDÁTICOS

São aqueles que proporcionam ao educador referências e critérios para tomar decisões, no planejamento e na intervenção no ensino e na avaliação;
Podem ser tipicados conforme;-
1-) o âmbito de intervenção (planejamento da aula, grupo, classe, individual);
2-) a intecionalidade da função (orientar, exemplificar, ilustrar);
3-) os conteúdos e as maneiras de organizá-los (integradoras, globalizadoras, conteúdos procedimentos, conceituais);
4-) suporte (quadro negro, papel, cadernos, fichas, livro didático)

Observação:- Quanto aos conteúdos atitudinais, não existem suportes a serem usados comprofusão, a não ser o vídeo e os textos.

Criticas ao livro didático e materiais curriculares:-
Esteriótipos culturais;
Proposições vinculadas a determinadas correntes ideológicas;
Não podem oferecer toda informação necessária para garantir a comparação;
Fomentam atitudes passivas do aluno;
Impedem o desenvolvimento de propostas mais próximas da realidade;
Não favorecem a comparação entre realidade e ensino escolar;
Não respeitam a forma nem o ritmo de aprendizagem do aluno (uniformização do ensino)
Fomentam as estratégias de memorização

               Observação:- Proceder a busca de referências e critérios para análise e confecção dos materiais curriculares.

Projeção estática (retroprojetor, slides) suporte e elementos esclarecedores de muitas idéias e facilitam o diálogo, ajudam a centrar a atenção, mas é preciso não pecar pelo excesso de uso.
Imagem de movimento – (filmes, gravações de vídeo).
Atuam como suporte nas exposições e como fonte de informação.
É importante ir gerando e cortando, para estabelecer com a classe

Suporte de Informática:

Possibilidade de estabelecer um diálogo mais ou menos aberto entre o programa e o aluno:
Permite fazer simulações de técnicas e procedimentos;
Contribui para formação de conceitos.

Suporte Multimídia:

Uso do disc laser, CDI ou CD-ROM (interessante ver a disposição) banco de dados de fácil acesso.


       Conclusão:- A existência de materiais curriculares diversificados facilitará a elaboração de propostas singulares. A pertinência dos materiais estará determinada pelo uso que se faça deles, nos diferentes contextos educativos.

A AVALIAÇÃO

Não deve se limitar somente a avaliação do aluno, mas também o grupo / classe, inclusive o professor ou a equipe docente, o processo de ensino é a própria forma de avaliação.
A avaliação inicial (diagnóstica);
A avaliação reguladora (como cada aluno aprende) modificação e melhora contínua do aluno;
A avaliação integradora (todo percurso do aluno) informe global do processo;
A avaliamos para o aperfeiçoamento da prática educativa;
Compartilhar objetivos – condições para avaliação formativa;
A informação dos resultados de aprendizagem.

APRENDA MAIS COM OS VÍDEOS:



domingo, 25 de dezembro de 2016

Resumo do filme - Narradores de Javé

NARRADORES DE JAVÉ. Produção de Eliane Caffé: Riofilme, 2003.1 DVD (100min), widescreen, color.

              Este filme produzido pela cineasta Eliane Caffé nos apresenta algumas reflexões sobre a linguagem oral e a linguagem escrita, onde podemos perceber a supremacia da cultura letrada sobre a cultura popular de base oral; são notados também o aspecto da preservação da tradição, da memória popular e o confronto com a modernidade; e a indiferença da classe dominante para com a classe menos favorecida (uma população de analfabetos).
              A História se passa em um vilarejo no interior do sertão baiano, chamado “ Javé ”. O cotidiano tranquilo do povoado é abalado pela notícia da construção de uma usina hidrelétrica, que ao iniciar seu funcionamento, inundará tudo por aquela região. O povo de Javé inconformado com a situação resolve tomar alguma atitude, sendo orientados por um dos habitantes, que o vilarejo só poderia ser preservado, caso trata-se de um patrimônio histórico, partindo deste princípio a população tenta buscar no passado acontecimentos sobre a fundação do lugarejo e sobre a saga de seu fundador (representado pela figura de Indaléscio ), no desbravamento do sertão baiano.
            Para registrar todos casos e feitos heróicos da fundação e do fundador de Javé, a população necessita de alguém que saiba escrever, pois quase todos são analfabetos, a única alternativa foi recorrer a um antigo responsável pela agência de correios do povoado (Antônio Biá), que havia sido banido pela população por ter forjado cartas debochadas em relação aos próprios moradores. O ex-carteiro começa a ouvir os mais velhos e depois qualquer um que pudesse contribuir com alguma informação para o livro, que foi denominado pelos habitantes como o “livro da salvação”. Antônio Biá após ouvir muitas pessoas, chega a conclusão que não pode compilar todas as informações, por elas serem divergentes uma das outras, pois todos os moradores queriam falar algo, mesmo sem importância, só para fazer parte do livro, logo, o escritor não chega a um consenso. Por fim, Antônio Biá não consegue produzir o livro, e assim, não evita a inundação do povoado, que é forçado a se mudar de lugar, a partir daí é que ele começa a escrever uma outra história, a de como os moradores do vale de Javé, saíram deste local e foram começar a povoar outra região.
              Pode-se dizer que este filme ao projetar na tela as diversas partes que compõem a nossa sociedade, representa um clamor das classes excluídas, etnias e religiões, nos fazendo refletir com um olhar crítico sobre fatores que muitas vezes nos passam despercebidos ou ocultados.
             A diretora Eliane Caffé é Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, possui Mestrado no Instituto de Estética y Teoria de las Artes - Universidade Autônoma de Madri, Espanha. Iniciou sua carreira de cineasta com três curtas: O NARIZ, de 1987; ARABESCO, de 1990; e CALIGRAMA, de 1995; que ganharam diversos prêmios no Brasil e no circuito internacional. Narradores de Javé ficou com o prêmio de melhor filme no VII Festival Internacional de Cinema de Punta del Este, 2004.




Resumo: 10 Novas Competências para Ensinar




Resumo: 10 Novas Competências para Ensinar. PERRENOUD, Philippe (2000)

Confira aqui o resumo do livro "10 Novas Competências para Ensinar" de Philippe Perrenoud, obra essencial para a formação do professor e presente em provas de concursos.



Segundo o livro de Philippe Perrenoud, as 10 competências profissionais para ensinar são:

1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem

Entendendo-se que a capacidade de ensinar bem é, sem dúvida, uma nova competência porque o ofício de professor, conforme nós a conhecemos, não tem mais espaço nos dias atuais. Não há padronização nos educandos, no sentido de que cada aluno vivencia a aula em que está inserido de diferentes formas. Conceber e criar situações de aprendizagem é uma nova ferramenta à disposição do educador de forma a envolver, diferenciar e criar situações que se traduzam em objetivos de aprendizagem. O professor deve dominar saberes a serem ensinados, ser capaz de dar aulas, de administrar uma turma e de avaliar.


2. Administrar a progressão das aprendizagens

Conceber e administrar situações-problema ajustadas ao nível e as possibilidades dos alunos, propiciando reflexões, desafios, intelectuais, conflitos sociocognitivos; dominar a formação do ciclo de aprendizagem, as fases do conhecimento e do desenvolvimento intelectual da criança e do adolescente, além do sentimento de responsabilidade do professor pleno conjunto da formação do ensino fundamental; observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagens; Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão;Rumar a ciclos de aprendizagem: interagir grupos de alunos e dispositivos de ensino-aprendizagem.

3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de  de uma diferenciação

Administrar a heterogeneidade no âmbito turma;
Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais vasto; Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades, sem todavia transforma-se num psicoterapeuta; Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples de ensino mútuo, criando uma cultura de cooperação através de atitudes e da reflexão sobre a experiência.

4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho

suscitar o desejo de aprender, oferecer atividades opcionais de formação, negociar com os alunos regras e outros acertos, através de um Conselho eleito por eles e favorecer seus projetos pessoais.

5. Trabalhar em Equipe 

Motivar os alunos de forma a entenderem que ninguém se sente bem “sozinhos no comando”. O trabalho em equipe favorece o enfrentamento e a análise em conjunto de situações complexas e a administração de crises e conflitos interpessoais.

6. Participar da administração da escola

Não só os professores mas também o pessoal administrativo, deve participar da gestão da escola, entendo qual o projeto daquela instituição, aprendendo a administrar os recursos existentes não só na escola mas no seu entorno, com moradores, associação de pais de moradores, de forma a organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos.

7. Informar e envolver os pais

Dirigir reuniões de informação e de debate, fazer entrevistas e envolver os pais na construção dos saberes. Essa participação é fundamental para o processo de aprendizagem.

8. Utilizar novas tecnologias 

Porque a escola não pode ignorar que as crianças já nascem sob a égide do “click”, e certamente não aceitarão um modo de aprendizagem ultrapassado, pouco instigante e lento. As novas tecnologias da informação e da comunicação transformam as maneiras de se comunicar, de trabalhar, de decidir e de pensar. O professor precisa lançar mãos das novas tecnologias com objetivos educacionais.

9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão

Prevenir a violência na escola e fora dela, lutando contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais, incluído o chamado “bullying”; Participar da criação de regras de vida comum referente à disciplina na escola, às sanções e à apreciação da conduta; Analisar a relação pedagógica, a autoridade, a comunicação em aula, desenvolvendo o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça.

10. Administrar sua própria formação contínua 

Porque dessa forma estará garantida a atualização e o desenvolvimento de todas as demais competências, segundo Perrenoud. A escola não é uma ambiente estável e por isso precisa que o professor esteja sempre preparado para lidar e intervir em todas as situações que ocorrerem. Se você não cuidar do seu próprio crescimento ninguém o fará por você.


Entenda mais sobre o livro com os vídeos:

RESUMO DO LIVRO




Resumo: Aprender a Ler e a Escrever



Confira aqui o resumo e do livro "Aprender a Ler e a Escrever - Uma proposta construtivista" de Ana Teberosky e Teresa Colomer, obra essencial para a formação do professor e presente em provas de concursos. 


Resumo: Aprender a Ler e a Escrever - Uma Proposta Construtivista 
TEBEROSKY, Ana, COLOMER, Teresa

Nos dias atuais tem-se encontrado grande dificuldade em saber a maneira carreta, ou mais acertada, de agir devido as grandes (e proveitosas) renovações que estão acontecendo no campo da educação. A grande questão é saber unir teoria, prática e reflexão. É sobre esses temas que vamos falar um pouco nesse livro.

Capítulo 1 - A Língua Escrita

Observando o percurso histórico do surgimento da escrita e de suas variadas representações, é possível verificar que a existência desta permitiu op registro da memória coletiva, e uma comunicação maior entre as pessoas, pois as mensagens não dependiam mais da presença física dos interlocutores.Na época posterior a industrialização a concepção de alfabetização é revista a partir das mudanças sociais (até então a alfabetização estava ligada ao ócio e ao âmbito social). Essa demanda social tornou a escolarização obrigatória.

Em nossa sociedade, no decorrer do século XX a língua escrita (alfabetização) se torna tecnologia fundamental, como pré-requisito para qualquer progresso, potencialização dos conhecimentos e acesso aos diferentes usos da mesma.

Estudos realizados concebem a língua como código oral e código escrito. O processo de produção ou reprodução da língua escrita é diferente do uso oral porque implica uma relação entre pensamento e linguagem diferente. A língua escrita permite fixar o discurso oral e convertê-lo em objeto de análise. “A língua escrita seria, em suma, o meio mais eficiente para que um indivíduo chegue a dominar as máximas potencialidades de abstração da linguagem, independentemente de os discursos construídos por ele serem, ao final, orais ou escritos”.

Entende-se a aprendizagem da língua escrita como um domínio lingüístico progressivo - não meramente do código gráfico -, nas situações e para as funções que cumpre socialmente.

No texto “Aprendices em el domínio de la lengua escrita”, Wells (1987) trabalha o domínio da escrita a partir de quatro níveis coexistentes: epistêmico instrumental funcional executivo Cada nível representa:

NÍVEL EXECUTIVO: Insiste na posse do código como tal; diz respeito ao domínio da língua para traduzir a mensagem do código escrito.

NÍVEL FUNCIONAL: inclui-se saber como a língua escrita varia segundo o contexto; refere-se a utilizar os conhecimentos para enfrentar exigências cotidianas como ler jornal ou seguir instruções.

NÍVEL INSTRUMENTAL: usa-se tanto o código quanto a forma textual e reside na possibilidade de buscar e registrar informações escritas.

NÍVEL EPISTÊMICO: usa-se a língua escrita como meio de atuação e transformação sobre o conhecimento: refere-se ao interpretar e avaliar.

Capítulo 2 - O que é ler?

Tradicionalmente pode-se considerar a definição de ler como a capacidade de entender um texto escrito pode parecer simplista, mas não é.

As práticas escolares comumente trazem atividades que partem de pequenos fragmentos de textos, palavras soltas ou letras isoladas para o ensino da leitura. Essa situação revela uma concepção e um desconhecimento: porque ler é um ato de raciocínio.

Através da percepção, da memória de curto e longo prazo (esta segunda que armazena as informações e conhecimentos que temos do mundo) e dos esquemas de conhecimento que as pessoas formam ao longo da vida, a compreensão e a interpretação das informações se tornam possíveis através da leitura.Ler consiste em processar as informações visuais de um texto e as informações não-visuais conhecimentos do leitor. A partir das informações do texto o leitor formula hipóteses, antecipa significados, faz inferências e, no decorrer da leitura, verifica se suas hipóteses iniciais estavam corretas.

Frank Smith - e outros autores - revela que ao explorar um texto através da leitura, o leitor: não precisa oralizar o texto para compreendê-lo; desloca os olhos em saltos percebendo fragmentos do texto - não lemos letra por letra - e percebe globalmente um conjunto de elementos gráficos.

Seguindo esses propósitos alguns cuidados devem ser tomados no trabalho com a compreensão leitora: a organização de atividades com propósitos claros: ler com a finalidade de obter informação ou ler por prazer, ou ainda, para aprender; e os conhecimentos trazidos pelo leitor (prévios) - sobre o texto escrito (conhecimentos paralinguísticos, das relações grafofônicas, morfológicos, sintáticos, semânticos e textuais) e sobre o mundo. Quanto maior o conhecimento do leitor, mais fácil será sua compreensão do texto.

Capítulo 3 - O Ensino e a Aprendizagem da Leitura

De acordo com as concepções que as escolas apresentam do que é ler, é que se configuram o ensino e a aprendizagem da leitura.

Para compreender melhor essa configuração, vamos retomar um pouco da história: Numa concepção tradicional acreditava-se que ler significava realizar correspondência entre os fonemas e os signos, dos mais simples para os mais complexos. A aprendizagem da leitura se dava através da leitura em voz alta.

A partir da década de 50 a leitura “passa a ser considerada como um processo psicológico específico, formado pela integração de um conjunto determinado de habilidades e que pode desenvolver-se a partir de um certo grau de maturação de cada uma delas”. Essa concepção trabalha com pré-leitura ou maturação leitora na escola.

Com estudos mais recentes e avanços realizados a leitura “deixou de ser considerada como um processo psicológico específico para incluir-se entre os processos gerais de representação humana da realidade e adotou a perspectiva teórica de um modelo psicolingüístico-cognitivo”.

Considerando essa concepção, a leitura passa a ter outra significação e o modo de ensiná-la também muda. O ensino: considera e parte dos conhecimentos dos alunos sobre as funções da leitura; permite a comunicação com função real (sendo significativa) trabalha a relação com a língua escrita e seu uso funcional; fomenta a consciência metalingüística; utiliza textos de circulação social, concebidos para leitura, e não textos escolares, o que permite maior significado para os alunos; permite experiências com textos variados para aprender suas características diferenciais; trabalha a leitura sem oralização, a não ser que haja uma função específica (comunicar algo a alguém), diferentemente de como era trabalhado tradicionalmente;

Da mesma forma, deve ser trabalhada nas escolas, a compreensão leitora. Algumas pesquisas mostram que essa compreensão é pouco trabalhada apesar dos alunos lerem com freqüência. Pode-se apontar, como uma das causas dessa realidade, a utilização da leitura - e compreensão - sem propósito real.

A concepção utilizada atualmente considera a aprendizagem significativa. Nessa perspectiva, atividades orientadas a aprender a ler ajudam os alunos na compreensão do texto. Podem ser propostas:
resumir e sublinhar as idéias principais;
ler e construir diagramas e esquemas;
o professor oferecer modelos de compreensão;
organizar atividades onde o texto apresente erros de diferentes níveis para que os alunos apontem as incoerências;
empregar a discussão coletiva (com intervenções do professor);
auxiliar os alunos a reterem informações a partir de estratégias como antecipar, reler, repassar, etc.
organizar produções de texto como recurso para a compreensão.

Capítulo 4 - O Planejamento da Leitura na Escola

Esse capítulo vai falar um pouco sobre o ensino da leitura nas últimas séries do ensino fundamental. Acredita-se que a aprendizagem da leitura estende-se por toda a escolaridade, não somente no ensino fundamental, mas também por todo o ensino médio.
Estudos mais recentes e a apreensão dos processos de leitura e compreensão apontam a necessidade de que o ensino da leitura tenha sentido de prática social e cultural, onde os alunos possam ampliar seus conhecimentos comunicativos reais.

Trataremos de duas situações de leitura:

A primeira que trata das tarefas escolares: a utilização da pedagogia de projeto pode ser uma boa opção pois tira o professor do centro e faz com que os alunos assumam papéis importantes.
Uma segunda que trata da leitura literária: pois destina-se a “apreciar o ato de expressão do autor, a desenvolver o imaginário pessoal a partir dessa apreciação e a permitir o reencontro da pessoa consigo mesma em sua interpretação”.
Na escola existem espaços que podem e devem tornar-se um contexto real de leitura, pois educa a autonomia dos caminhos de acesso à informação - a biblioteca escolar, por exemplo. Nesse sentido, algumas ações são importantes: o conhecimento dos materiais disponíveis na biblioteca, exposição do acervo, a hora do conto, a prática de leitura para criação desse hábito, entre outras. Essencial é propagar sua existência de forma a chamar os alunos e outras pessoas para esse espaço, onde possam criar uma bagagem leitora através de diversos meios.

Essa medida, de ampliar o repertório, clama por outras:
Relacionadas a compreensão do texto: leitura e interpretação conjunta de textos que ainda apresentam dificuldade; ler obras completas, dividindo-a em partes e realizando: análise de capítulos, reconstrução da época, antecipação de informações, descrições, comparações, retomada do conflito e verificação das hipóteses iniciais; leitura de textos mais breves com focalização de aspectos a serem trabalhadosrelacionar o texto com os conhecimentos dos alunos; comentar diferentes textos de diferentes áreas do conhecimento; leitura e comentário de um texto para sua compreensão; utilizar quadros, esquemas e comparações para ajudar na representação mental da ordenação de informações;
Relacionadas a compreensão da estrutura significativa dos textos: organizar gráficos, esquemas ou quadrinhos para representar o texto; produzir sínteses; ler notícias e dar-lhes títulos, explicando suas escolhas; produzir e comparar resumos;

Relacionadas “a exercitar as habilidades envolvidas no processo de leitura”: explicitar o que sabe sobre um tema; buscar uma informação determinada no texto (jornal, dicionário ou lista telefônica); consultar anúncios ou sessões do cinema; buscar uma informação na enciclopédia; realizar exercícios de antecipação através da ativação dos conhecimentos prévios dos alunos; continuar a escrita de textos (narrativos, histórias em quadrinhos, etc); construir textos em cadeia (onde cada aluno produz uma parte); continuar a escrita de textos informativos; continuar a escrita de notícias; recompor textos (cortados previamente pelo professor); recompor textos de acordo com sua sequência temporal (três notícias de três dia diferentes, por exemplo); antecipar o conteúdo do texto a partir de indícios gráficos e tipográficos; preencher espaços vazios de um texto; brincar de jogo da forca; O que ajuda muito no desenvolvimento das habilidades leitora e escritora são os exercícios de levantamento e emissão de hipóteses e inferências. Utilizar as atividades trazidas nos “passatempos” (comumente encontrados em banca de jornais, em livros próprios, revistas ou gibis) também é um importante exercício para os alunos.

Capítulo 5 - A Avaliação da Leitura

Ao retomar o que já foi discutido nesse livro percebe-se que não é mais possível utilizar uma avaliação nos moldes tradicionais. Ela precisa ser formativa: informa os alunos sobre seus progressos e avanços (por isso eles devem saber o tempo todo o que está sendo observado e que resultado obtiveram), e serve como instrumento para o professor ajustar seu planejamento e métodos de ensino (uma reflexão para a ação).O que comumente vê-se nas escolas é a não clareza do que avaliar e como avaliar. Dessa forma as avaliações não põem em jogo todos os conhecimentos construídos pelos alunos e nem avaliam todos os aspectos apresentados nos outros capítulos.

A proposta de Alexandre Gali é que referencia as avaliações nas escolas catalãs. Ele se baseia na necessidade de separar “os diversos componentes do ato de leitura suscetíveis de serem avaliados de forma diferenciada e distingue cinco: perfeição mecânica, expressão, rapidez, compreensão das palavras e compreensão total”. Dos cinco componentes apresentados considera que os três últimos devam ser avaliados. Para ele, os testes de avaliação devem ser claros e conhecidos dos alunos (as provas devem estar integradas às tarefas educativas), para que tenham que refletir apenas sobre as combinações verbais e o jogo de idéias presente.

O se tratar da avaliação, mesmo que não se tenha claro qual seu objetivo principal, alguns critérios devem ser respeitados - considerando a nova concepção de leitura e escrita. P.H. Johnson afirma que o objetivo da avaliação deve ser “o grau de integração, inferência e coerência com que o leitor integra a informação textual com a anterior”.

Podemos considerar como critérios importantes na avaliação:

1 - Atitude emocional no momento da leitura;
2 - Buscar informações em um determinado texto;
3 - Solicitar que os alunos verbalizem suas idéias em relação ao texto;
4 - Verificar a velocidade da leitura e a leitura silenciosa;
5 - Explorar os conhecimentos prévios dos alunos com questões relacionadas ao texto;
6 - Solicitar que realizem sínteses, dêem títulos a textos;
7 - Solicitar que apontem em um texto seus erros e incoerências (previamente preparado pelo professor);

O enfoque principal da avaliação é para que serve? Nesse sentido deve-se utilizá-la como instrumento tanto para o professor quanto para o aluno, na medida em que pode ir controlando seus avanços e onde necessita maior atenção para melhorar.